O setor sucroalcooleiro é um dos principais pilares da matriz energética e econômica do nosso país, com papel estratégico na produção de açúcar, etanol e bioenergia. Entretanto, a operação de usinas e plantas de processamento de cana-de-açúcar envolve diversos processos industriais que geram partículas em suspensão. Por essa razão, o controle de partículas no setor sucroalcooleiro, através de sistemas de exaustão, é fundamental.

Os sistemas de exaustão industrial surgem como uma solução indispensável para o controle de emissões particuladas. Eles atuam diretamente na captação, filtragem e remoção do ar contaminado, garantindo um ambiente mais seguro, produtivo e em conformidade com as normas ambientais.

Os desafios do controle de partículas no setor sucroalcooleiro

A cadeia produtiva sucroalcooleira inclui etapas como moagem, fermentação, destilação, secagem, combustão de biomassa e transporte pneumático. Em todas essas fases, há um grande potencial para a geração de partículas sólidas e aerossóis, apresentando diferentes características físico-químicas e riscos distintos.

Durante a moagem da cana-de-açúcar, por exemplo, ocorre a liberação de bagaço em forma de poeira, que se espalha pelo ambiente industrial. Já nas caldeiras que são alimentadas por biomassa, há emissão de fuligem e cinzas finas, que podem ser inaladas.

Nas áreas de secagem e peneiramento de açúcar existe outro desafio relevante. O material particulado que é gerado nesses processos é muito fino, de baixa densidade e pode se manter em suspensão por longos períodos, exigindo a implementação de sistemas de ventilação mais eficazes para sua devida remoção.

O uso de ventiladores industriais e do sistema de transporte pneumático contribui para o espalhamento das partículas nas áreas confinadas, elevando o risco de exposição ocupacional e a necessidade de um projeto com uma cobertura mais abrangente.

Tipos de partículas presentes nas usinas e seus impactos

As partículas que são geradas no setor sucroalcooleiro variam em tamanho, composição e periculosidade. As mais comuns são as poeiras derivadas do bagaço, cinzas volantes das caldeiras, partículas carbonizadas da queima da palha e o pó de açúcar.

As partículas muito finas, com diâmetro inferior a 10 micrômetros, representam um risco direto à saúde respiratória dos trabalhadores, já que elas conseguem penetrar nas vias aéreas superiores e se alojar nos pulmões. As partículas ultrafinas são ainda mais perigosas, alcançando a corrente sanguínea e potencializando efeitos cardiovasculares.

Já o acúmulo dessas partículas nos equipamentos também é um grande problema. Elas aceleram o desgaste dos componentes, comprometem o funcionamento dos sensores e reduzem a eficiência térmica das caldeiras. O excesso de material particulado nas áreas críticas pode provocar obstruções, gerar falhas operacionais e aumentar o consumo de energia.

Ambientalmente, a emissão descontrolada de partículas contribui para a poluição atmosférica e gera sanções pelo descumprimento de limites estabelecidos por órgãos como o CONAMA e as agências estaduais.

A função do sistema de exaustão no controle de partículas

Os sistemas de exaustão industrial são projetados para capturar e remover as partículas já na fonte de emissão, evitando que elas se dispersem no meio ambiente e reduzindo significativamente a exposição ocupacional. Eles são compostos por elementos como dutos, coifas de captação, exaustores, filtros e chaminés de exaustão.

Um dos principais tipos utilizados nesses setores são os sistemas de captação localizada. Eles são instalados em pontos estratégicos como moendas, peneiras, caldeiras e transportadores. Esses dispositivos garantem a extração eficiente das partículas no momento em que elas são geradas.

Os sistemas de filtragem também exercem um papel fundamental nesse processo. Filtros de manga, ciclones e lavadores de gases são amplamente utilizados para reter esse material particulado antes que o ar seja devolvido ao ambiente ou liberado na atmosfera. Nesse sentido, a escolha do sistema depende do volume de ar, exigência de eficiência de retenção e tipo de partícula que é gerada.

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Benefícios da exaustão eficiente na operação das usinas

A instalação de um sistema de exaustão industrial adequado gera benefícios significativos para toda a operação. Em primeiro lugar, ele promove um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, reduzindo os índices de absenteísmo e afastamento por doenças.

Já no campo da produtividade, os ambientes mais limpos e ventilados garantem uma boa operação dos equipamentos, prolongam a vida dos componentes mecânicos e eletrônicos e reduzem paradas não planejadas. Isso representa uma economia direta nos custos de manutenção e também maior eficiência operacional.

O controle adequado das emissões também contribui para o cumprimento de normas ambientais e evita multas e processos administrativos. Estar em conformidade com critérios ambientais se torna um diferencial competitivo para as empresas que buscam parcerias com grandes grupos econômicos.

A redução do risco de incêndios e explosões é outro ganho muito importante, principalmente como ocorre em casas de força ou galpões de armazenamento. A exaustão eficiente evita a concentração desses materiais no ar e sobre as superfícies.

Como implementar um sistema de exaustão eficiente na sua planta

A escolha e implementação de um sistema de exaustão no setor sucroalcooleiro deve ser baseada em um diagnóstico técnico da planta industrial. Isso inclui a identificação das fontes de emissão, avaliação da carga térmica, análise da disposição dos equipamentos e definição dos pontos ideais de captação.

Com base nos dados obtidos nesse estudo, é possível desenvolver um projeto totalmente personalizado, que considere a melhor combinação entre coifas, filtros e ventiladores, dimensionando corretamente o projeto para garantir o equilíbrio entre eficiência de remoção e consumo energético.

Outro fator crítico é a manutenção preventiva. Sistemas de exaustão operam continuamente em ambientes agressivos, exigindo limpeza periódica, inspeções estruturais e troca de filtros. Contar com um fornecedor que ofereça o suporte ideal é um diferencial importante.

É essencial que a instalação do sistema seja feita por uma equipe especializada, que apresente conhecimento completo das normas de segurança industrial e exigências específicas do setor. A correta execução do projeto de sistema de exaustão garante o desempenho esperado e evita retrabalho.

O controle de partículas no setor sucroalcooleiro é um desafio constante, que exige soluções robustas e que atendam às necessidades de cada planta especificamente. Os sistemas de exaustão industrial desempenham um papel central nessa estratégia, promovendo saúde ocupacional, eficiência operacional e conformidade ambiental.

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